Para lá do inquestionável
Posso não saber as respostas, mas as perguntas não vou deixar nenhuma por fazer.
sábado, 26 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Questionação do Inquestionável
Toda a pergunta implica uma interrogação a um olhar vigilante. Mas a vigília cansa. Nunca porém o soubemos como hoje, porque só hoje verdadeiramente interrogamos - só hoje sabemos ser essa a questionação do inquestionável.
Mas reconhecemo-lo precisamente por termos interrogado. Porque ao longo da História, jamais o homem de facto interrogou, por não saber que interrogava. Esboçada embora há muito a questão do fundamental, ela perturbou-se-nos no entusiasmo de lhe responder em positivo ou negativo. Porque a negação não nega, a destruição não destrói, excepto se não há mais nada para destruir: até lá constrói ainda - nem que seja o próprio acto de destruir. Fazer e desfazer, com efeito, são iguais como acto e entusiasmo desse acto. A grande diferença não é a que separa um do outro, mas a que os separa a ambos de nós. A grande diferença é a que vai da segurança do falar à perturbação do silêncio; do «sim» ou «não» como limite, ao querer ir além do limite sem mais além para ir. Mas a luz que ilumina, o que iluminou? Que a ciência te explique o que é uma simples pedra, explicou por cima do que seria interessante explicar. Há uma questão ainda, anterior, mais simples, sobre o porque é que há pedras. E sobre o que temos que fazer em face delas... Porque onde a palavra certa que nos ligue um ao outro?
Vergílio Ferreira, in 'Invocação ao Meu Corpo'
Mas reconhecemo-lo precisamente por termos interrogado. Porque ao longo da História, jamais o homem de facto interrogou, por não saber que interrogava. Esboçada embora há muito a questão do fundamental, ela perturbou-se-nos no entusiasmo de lhe responder em positivo ou negativo. Porque a negação não nega, a destruição não destrói, excepto se não há mais nada para destruir: até lá constrói ainda - nem que seja o próprio acto de destruir. Fazer e desfazer, com efeito, são iguais como acto e entusiasmo desse acto. A grande diferença não é a que separa um do outro, mas a que os separa a ambos de nós. A grande diferença é a que vai da segurança do falar à perturbação do silêncio; do «sim» ou «não» como limite, ao querer ir além do limite sem mais além para ir. Mas a luz que ilumina, o que iluminou? Que a ciência te explique o que é uma simples pedra, explicou por cima do que seria interessante explicar. Há uma questão ainda, anterior, mais simples, sobre o porque é que há pedras. E sobre o que temos que fazer em face delas... Porque onde a palavra certa que nos ligue um ao outro?
Vergílio Ferreira, in 'Invocação ao Meu Corpo'
Se
Se não encontrar o amor, espero encontrar a glória. Ou vice-versa.
Já nem faço questão de encontrar ambos, mas uma vida sem nenhum dos dois, por favor não.
Já nem faço questão de encontrar ambos, mas uma vida sem nenhum dos dois, por favor não.
sábado, 19 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Só eu quem por mim espera
Descobri este site...e gostei! Muito!
[aveiro] [Sei-o agora como nunca
o que é ter ninguém à espera
e
(o comboio chegar sem pressa
de destinos ou de falas)
(ouvir as conversas vazias
dos que estão de passagem)
separar-me cansado, até à morte.] danielcamacho
[aveiro] [Sei-o agora como nunca
o que é ter ninguém à espera
e
(o comboio chegar sem pressa
de destinos ou de falas)
(ouvir as conversas vazias
dos que estão de passagem)
separar-me cansado, até à morte.] danielcamacho
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Construindo um casrelo
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."
Fernando Pessoa
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